Esta obra de arte é gigantesca, não? Tem em média 3 metros por 2. É uma pintura em tela, a óleo, de autoria do artista M. Teixeira, datada de 11/03/88. Na tela podemos identificar vários momentos históricos de Sorocaba. Temos passado e presente juntos em uma concepção artística muito interessante. Vamos identificar os momentos históricos sorocabanos que estão pintados aqui? Preste atenção na obra. Vamos começar pela base. Na parte de baixo, vemos componentes de uma comunidade indígena. Ao centro, uma mulher indígena nua junto a um taxo no fogo com alimentos. Ainda neste plano, vemos um indígena na enxada cultivando a terra, um bandeirante e um indígena atrás de uma árvore com uma arma na mão (arcabuz). Tudo indica que esse primeiro plano demonstra a ação dos bandeirantes na região frente aos indígenas que eram capturados para o fim escravista, levando essa comunidade ao trabalho braçal, doméstico e até de cunho militar junto aos objetivos bandeirantes. Ainda neste plano, um pouco mais atrás vemos uma representação da atividade tropeira e a feira de muares em um ambiente de arquitetura antiga. As construções antigas figuram com casarões e até uma torre que lembra a Torre do Mosteiro de São Bento. A arquitetura moderna também está presente na obra. Se prestarmos bem atenção, poderemos perceber prédios modernos da rua XV de Novembro e rua São Bento e até mesmo o relógio da torre da nossa Catedral Metropolitana.
Nossa! Quanta informação, não? Mas ainda não acabou. Vamos tentar identificar mais ilustrações históricas? Vamos lá?
Você consegue identificar a representação dos canhões da popular “Praça do Canhão” Arthur Fajardo?
Nosso ciclo industrial têxtil, representado por uma indústria?
Você conseguiu identificar a nossa famosa locomotiva 58 da Estrada de Ferro Sorocabana?
Muita História, não é mesmo?
Ainda podemos avistar escravos negros erguendo uma cruz que é imediatamente benzida por um religioso, um carro de bois no alto da colina e nosso Palácio Teodoro Mendes, paço municipal, seguido de nosso teatro municipal, Teotônio Vilela.
Com isso, em uma tela, o artista relata séculos de nossa história. Cultura e arte é tudo, não é mesmo?