Você já ouviu falar sobre o movimento ferroviário sorocabano? Estamos diante de uma foto montagem que foi pensada para contarmos um pouco da história da Estrada de Ferro Sorocaba. Momento que deve nos encher de muito orgulho. Na concepção de alguns historiadores, foi uma das primeiras iniciativas privadas com ganhos privados e públicos que se estabeleceram na região.
A Estrada de Ferro Sorocabana foi organizada entre 1870 e 1872, com planos de São Paulo até a fábrica de ferro São João de Ipanema em Iperó, passando por Sorocaba. Seus fundadores (fazendeiros, investidores e o empreendedor húngaro Luiz Matheus Maylasky) estavam interessados no transporte da produção de algodão da região para a capital da província e por consequência para o porto de Santos.
Assim, Maylasky propôs a construção de uma estrada de ferro ligando Sorocaba à São Paulo, com conexão com a ferrovia inglesa que dava acesso ao porto de Santos. Inicialmente Maylasky juntou seus esforços a um grupo de fazendeiros de Itu que possuíam o mesmo interesse. Após a constituição da Companhia Ytuana de Estradas de Ferro em 20 de janeiro de 1870, Maylasky foi à Câmara Municipal de Itu e propôs a expansão dos trilhos da Ituana até Sorocaba. Sua proposta foi recusada pela Companhia Ytuana (que tinha o objetivo de atender apenas as demandas de Itu e ligá-la a Jundiaí onde seus trilhos iriam encontrar os das companhias de São Paulo). Diante da negativa Maylaski reuniu um grupo de produtores de algodão, fazendeiros, e comerciantes e abriu a Companhia Sorocabana de Estrada de Ferro de Ypanema a São Paulo.
Para angariar investidores, Maylasky percorreu os arredores de Sorocaba e região a cavalo e convenceu até pequenos produtores rurais da importância da estrada de ferro.
Exatamente às 13 horas do dia 13 de junho de 1872 um grupo de homens munidos de pás e enxadas iniciava, no centro de Sorocaba, à margem do Córrego Supiriri, a construção da Estrada de Ferro Sorocabana (EFS). A ferrovia, projetada e bancada por empresários, teve o trecho entre Sorocaba e São Paulo concluído em três anos, um feito até para os dias atuais.
Fonte: O Estado de S. Paulo